Alexa - Assistente Pessoal da Amazon
A Alexa, assistente pessoal da Amazon, já
ouve comandos de voz para executar tarefas como apagar a luz, tocar música,
dizer se vai chover ou onde está a loja mais próxima para comprar pilhas.
Mas, se depender das novas tecnologias que
estão em desenvolvimento, o robô inteligente da gigante do comércio eletrônico
vai aprender coisas sobre você apenas analisando sua voz.
Na lista de detalhes a seu respeito que a Alexa será capaz de
saber está:
ü Estado de saúde e se o
usuário está doente ou não;
ü Estado emocional, como
felicidade, alegria, tristeza, raiva, tédio ou medo;
ü Nível da voz do usuário,
para averiguar se ele está dormindo ou chorando;
ü Entorno do usuário, o que
levará em conta os sons em volta do usuário;
ü Sotaque do usuário ao falar
outra língua, para identificar se é um chinês, indiano, americano, latino ou
australiano.
ü Idade ou gênero do usuário;
A Alexa é uma assistente pessoal nos moldes
da Siri, da Apple, ou do Google Assistente, do Google. Assim como seus colegas,
o robô é a alma de diversos aparelhos, de alto-falantes inteligentes, telas
interativas ou até displays de carros conectados.
Todas as novas informações apuradas pela
Alexa servirão para que a Amazon faça sugestões de serviços e produtos. Se o
usuário tossir, por exemplo, a assistente pessoal poderá inferir que talvez ele
esteja gripado e recomendar uma receita de canja de galinha ou ainda perguntar
se ele quer comprar pastilhas para a garganta e já arranjar que a entrega seja
feita em uma hora.
Se notar que há um ar de tédio na voz da
pessoa, a Alexa poderá indicar um novo álbum de música ou ainda tentar contar
uma piada. Detectar o sotaque do usuário ou quantos anos ele tem servirá para a
Amazon limitar conteúdo por geolocalização ou conforme a idade.
Todas essas novas habilidades da Alexa foram
descritas pela Amazon em uma nova patente, submetida na semana passada ao
Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em inglês).
No documento, a empresa explica em termos
gerais como isso funciona. Conforme interage com o usuário, a Alexa cria uma
ideia de como ele se comporta em condições normais. Ao perceber que há alguma
atitude fora do habitual – a tosse ou roquidão por exemplo -, a assistente
determinará se isso significa alguma condição especial, como uma doença ou um
determinado estado de espírito. Esse trabalho será feito por algoritmos
específicos.
Para identificar sotaques de uma região,
idade ou gênero, a Amazon aplicará modelos de inteligência artificial treinados
caracterizar aspectos como esse.
A análise de elementos emocionais ou físicos
presentes na voz será feita pela Alexa de forma combinada com o processo de
entender o que o usuário está dizendo. Por isso, as sugestões da Alexa para
alguém que diga "Estou com fome", podem variar, caso essa pessoa diga
isso sem tropeços ou espirre no meio da frase.
"O questionamento seguinte pode ser uma
resposta direta à colocação do usuário, como 'Alexa, eu estou com forme', ou
ainda ser determinado com base nas condições físicas e emocionais dele",
descreve a Amazon, no documento.
O plano da empresa é implantar uma nova forma
de vender anúncios. No meio das sugestões feitas pela Alexa, haveria propaganda
paga e direcionada especificamente a pessoas em uma determinada condição ou
interessadas em um dado serviço.
Como trata-se ainda de uma patente, a
tecnologia pode não entrar em funcionamento. Isso, porém, parece improvável,
pois a Alexa já está mudando sua forma de agir de acordo com o comportamento
dos usuários. Em setembro, a Alexa passou a entender que se alguém estava
sussurrando é porque gostaria de levar a conversa com um certo nível de
discrição. Ao compreender isso, a resposta da assistente virtual também é feita
em voz baixa.
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